No dia 21 de outubro, nascia em Assu, ALDEMAR DE SÁ LEITÃO, filho de Joaquim de Sá Leitão e Maria Caldas de Sã Leitão.
Viveu seus primeiros anos no aconchego de um modesto lar,
agraciado pela natureza com o sopro da brisa das manhãs de inverno, quando o
verde das carnaubeiras se confundia com o verde da esperança de um menino. Não
lhe faltavam sorrisos nos lábios, carinho da família e brilho em seus olhos. Corria
despreocupadamente, atrás da bola de meia, apanhava do chão carnaubinhas
maduras para saborear, após o banho gostoso, na lagoinha, onde banhava seus
sonhos: outras vezes, no córrego que passava pelo carnaubal, formando a paisagem
de sua infância.
Logo cedo, tornou-se estudioso do Esperanto passando a manifestar
suas tendências para a comunicação.
A profissão de Telegrafista que abraçara, sinalizava um luminoso
caminho de Comunicador. Trabalhou como Telegrafista dos Correios e Telégrafos
em várias cidades: Recife, Natal, Mossoró, Macau, Ceará-Mirim, Santana do Matos
e Assu.
Vislumbrando o progresso de sua cidade, corajosamente
desenvolveu o mais arrojado empreendimento da época – a criação do serviço de
alto-falante Divulgadora Assuense, fruto de sua ousadia e persistência, que
contou com a colaboração de vários filhos da terra. Sua visão aberta para o
mundo lhe dirigia os sentidos: promovia programas infantis, Hora da Saudade,
Mensagens musicais, Leitura de Crônicas, “sketches”, teatro, página social,
além de um renovado repertório musical que agradava a todos. Havia o momento
informativo do que se passava na cidade, no país, no exterior.
Na data de 26 de setembro de 1945, o jornal “A Voz de Londres”,
nº 390, Boletim para o Brasil que fazia retransmissões diárias para o Brasil,
através da estação Nacional, faz referência à Voz da Divulgadora Assuense,
Estado do Rio grande do Norte, entrando então esse documento para a história de
um comunicador assuense.
Junto com outros assuenses, criou o Grêmio Literário Coronel Sã
Leitão, cujo nome foi reconhecida homenagem à memória de seu pai, também amante
do teatro. Participou Aldemar de Sá Leitão de várias pelas teatrais.
O radialista, jornalista, foi presidente da Associação Recreativa
e Cultural de Assu – ARCA, promovendo encontros sócio-culturais à família assuense.
ISIS, SÔNIA, ALDEMAR, NINITA, JANETE, ALDENITA E MARCOS ANTÔNIO |
Como autodidata, aprofundou-se no estudo dos fenômenos da parapsicologia,
notadamente a hipnose, ampliando tais conhecimentos através da leitura, da
experiência e também do apoio de seu estimado sobrinho Padre Alfredo Simonetti.
Costumou, ainda, aplicar o fruto de seus estudos, em favor da comunidade,
levando a quem o procurava a ajuda, o apoio, à luz de seus conhecimentos. Isto
o fazia feliz e vitorioso, poder sempre ajudar alguém.
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Casado com Ninita de Sã Leitão. São seus filhos: Aldenita,
Janet, Isis, Sônia e Marcus Antônio. Ainda em Natal, onde morava como
jornalista, trabalhou no Jornal do Comércio. Era membro da Associação
Norte-rio-grandense de Imprensa – ANI.
Em Recife, a 02 de março de 1968, faleceu Aldemar, na Rádio Jornal
do Comércio, espaço de comunicação.
Ecoa, em meio ao farfalhar das carnaubeiras, em Assu, a voz
vibrante de um homem simples que amou sua terra, sua gente – um comunicador a
serviço do bem.
Fonte; Parte
deste texto foi extraído uma crônica de sua filha Aldenita de Sá Leitão em 21
de outubro de 2007- centenário do nascimento de Aldemar de Sá Leitão)
FONTE – BLOG ASSÚ
NA PONTA DA LÍNGUA